segunda-feira, 12 de maio de 2014

Veneza: um dos destinos mais populares do mundo.

Esse lugar tem seu encanto. Desde casinhas no meio da água, das centenas de pontes que a atravessa, das gôndolas e gondoleiros espalhados por todo o canto, ela sabe ser um charme. Um lugar de beleza unica: Veneza é Veneza. Um sonho.



Esse vai ser um post cheio de cultura! haha. Tive que pesquisar sobre a construção dela, pois meu primo Thiago me perguntou e eu não sabia responder. E eu achei muito interessante. Portanto, vou contando a história de Veneza intercalando com as fotos que eu tirei! *0*
Máscaras por todo o lado! O Carnaval de Veneza é um dos mais famosos do mundo. (Esqueçam a máscara feia aí no meio tá? Lú <3)


A cidade está coberta por aproximadamente 177 canais, 400 pontes e 118 ilhas. No início do Século 7, o povoamento de Veneza começou. Este se deu nessas micro-ilhas, que fica no meio de uma lagoa de água salgada com saída para o mar. Portanto, as construções eram na terra. Os habitantes viviam do peixe e da extração de sal. Porém, a população aumentava cada vez mais, e a solução foi expandir as porções de terra das ilhas, através de aterramento, e encurtou as distâncias de uma ilha e outra, formando os CANAIS, que dão todo o charme. Porém, há algumas ilhas que ainda são longe uma das outras, como na da foto acima.

Portanto, a partir do ano 810, Veneza começou a expandir. (Quando o Brasil foi descoberto mesmo? 1500? É, Veneza é velha já). Então a estratégia foi a seguinte: Os novos limites foram traçados a partir de pilares de madeira, que eram enfiados no "Caranto", uma camada dura abaixo da Argila. Como fica completamente abaixo da água, a madeira não apodreceu até os dias de hoje. Ficou como um muro, no meio da água, circundando a ilha pequena. Na foto ao lado, o caminho do trem  para ir das ilhas até o continente. Água por todos os lados.

Em cima dos pilares foram colocadas tábuas de madeira. Sobre estas, pedras calcárias para barrar a passagem da água e permitir o posterior depósito de terra entre esse "limite", entre a nova ilha artificial e a ilha de verdade. Assim que a terra chegava ao topo da barragem, começaram a construções de paredes de tijolos (como na foto ao lado) erguendo sobre a água os novos limites da ilha. Assim surgiram os canais, e as passarelas foram construídas para conectá-los. Mesmo assim, os meio de transportes mais utilizado são os barcos, e os carros, motos e bicicletas são proibidos (não sei onde andariam, mas tudo bem). Portanto, respondendo a pergunta do meu primo, as casas foram construídas onde antes era água. Para as edificações, além do aterro foram colocadas estacas e materiais para consolidar as construções na nova parte artificial da ilha. Hoje em dia não é permitido construir mais nada.
Portanto, Veneza é sim uma cidade dentro da água, e os Venezianos ainda dependem muito do transporte aquático. Além das tradicionais gôndolas, circulam pelos canais barcos particulares a motor ou a remo e o vaporetto, uma espécie de ônibus aquático que leva a maior galera pra todo lugar. (Na foto abaixo estava passando um vaporetto bem na hora). Essa seria a avenida principal da cidade, haha, e à direita fica a estação de trem, que liga a ilha ao continente.

A Ponte Rialto, inaugurada em 1591, foi a primeira a transpor o Canale grande, que cruza a cidade inteira, e atinge até 106 metros entre uma margem e outra. É a ponte da foto abaixo. É interessante que não é apenas uma ponte: É uma ponte cheia de lojas e barraquinhas! (foto ao lado). É um dos principais pontos turísticos da cidade, e você passa por ela para ir até a Piazza San Marco.

Da ponte Rialto fomos até outro ponto turístico da cidade, a Piazza San Marco, ou Praça São Marcos. Possivelmente uma das mais famosas do mundo. É maravilhosa, e dominada por monumentos bem diferentes, como a Basílica de São Marco, a Campanile (torre que abriga os sinos), o Palazzo Ducale e a Torre do Relógio. Esta praça é também o centro turístico da cidade e, por esse motivo, está sempre lotada. 
A Basílica de São Marcos é belíssima. Todos os detalhes em dourado são de ouro, e reluzem com a luz do Sol. Sua construção foi feita de mármore, e é aqui que estão os restos mortais de São Marcos (daí o nome da Basílica). É uma pena que estava em reforma, mas atrás desses toldos brancos ficam as cúpulas belíssimas da Basílica.

Abaixo, a Campanile, onde ficam os sinos da igreja. Lindíssimo também.


A esquerda na foto abaixo fica a Torre do Relógio. A bola azul no meio daquela parte mais alta é um relógio astronômico. 
Em volta da praça tem muitos restaurantes, cafés chiquérrimos, lojas caras entre outras, e você pode dar um passeio por lá também, passando por esses arcos fofos que circunda toda a Piazza San Marco.

Então, ao lado da Piazza San Marco, seguindo em direção a água, é possível ver as ilhas mais distantes, e por lá tem muitas gôndolas, barraquinhas de souvenirs e a vista é maravilhosa!

O Grande Canal, ou Canale Grande é a principal via da cidade de transporte. Da ponte Rialto a vista era maravilhosa, composta por gondolas, o canal maravilhoso e aqueles prédios praticamente dentro da água que davam um charme a tudo, charme de filme! Não é a toa que recebeu a seguinte frase como título: "A Rua mais bonita do Mundo".


E é claro que não poderíamos deixar de fazer nosso passeio especial, né? Nosso passeio de Gondola! Mas antes, um pouco de história!
O Gondoleiro é a pessoa que conduz as gondolas. Tradicionalmente, é um ofício para ser ocupado pelos homens, e é passado de pai para filho. Tem até traje específico: O chapéu típico e a blusa listrada de preto ou vermelho. Para ser gondoleiro em Veneza é preciso tirar licença, autorização, e tem até processo seletivo. Não é fácil não. Hoje tem em torno de 400 gondoleiros por Veneza, todos oferecendo seu trabalho pela cidade gritando: Gondole! Gondole!

 As gondolas foram muito usadas antes do barco a motor, mas hoje é uma das principais atrações turística de Veneza: Como ir a Veneza e não passear de Gondola? Mas o preço é salgado. É em torno de 80 Euros e demora 40 minutos. É claro que nós negociamos, haha, e o passeio saiu por 60 euros. Como estávamos em 6 pessoas, 10 euros para cada um. Só alegria.




 O serviço de Gondola é completo. Até mesmo serviços especiais, como casamentos, cerimônias e funerais são realizados por meio das gondolas lindas. Lá também acontece todos os dias o Mercado de Peixes, na Pscheria que tem tanta coisa diferente que vale a pena dar uma olhada. Acontece apenas no período da manhã, e é lotado de gente! Acho que são mais curiosos do que compradores!

E finalmente foi isso! Acho que fiquei mais impressionada lendo sobre a história para escrever no blog do que fiquei por lá. Aí agora eu penso: Deveria ter lido tudo antes de ir, porque iria sair tirando um milhão de fotos a mais. haha (como se já não tivesse 460 de 1 único dia).

Fica agora mais umas fotinhas dos canais e da beleza de Veneza:

Apesar de tanto esforço para a construção dessa coisa mais linda, os Venezianos sofrem MUITO com enchentes. Nos últimos 100 anos, a cidade afundou quase 23 cm, parte por compressão do solo abaixo e parte pela elevação do nível do mar.
Quando a maré sobe mais de 80 cm, alguns lugares mais próximos da água como a Piazza San Marco ficam alagados. De acordo com o site da BBC, 100 anos atrás Veneza tinha enchentes 7 dias no ano. Atualmente, a taxa chega a 200 dias por ano. Acima, Veneza pela noite. Vale a pena dar uma voltinha e admirar essa vista maravilhosa.

Por fim, eu amei essa cidade. Voltaria para cá mais 10 vezes se preciso, só para descobrir os mais de 10 canais que a cruzam. Veneza é considerada uma das cidades mais românticas do mundo, e, é claro, faltou a minha outra metade para estar comigo nesse passeio. Por isso, Allan, em breve, voltaremos a Veneza para realizar um sonho: Passearmos pelos canais de Veneza juntos! haha. Topa? Eu sei que sim! <3

E para encerrar esse post, a foto que eu mais amei de toda essa viagem: A típica Veneza! <3



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